Nesse épico de Christopher Nolan (de batman, a origem, dentre outros) a história contada sob 3 perspectivas, terra, ar e mar, e também perspectivas temporais (a uma semana, no dia, e uma hora depois) de um soldado inglês que vive esse resgate, um piloto de spitfire em combate e um popular que com seu filho e navio vai ajudar nessa evacuação.
Diferentemente dos filmes que popularmente são mostrados no cinema, não se trata tanto de infantaria mas sim de momentos de guerra no mar e nos céus, e somos brindados com belos combates realísticos no céu, com uma interpretação impressionante de Tom Hardy como o piloto de caça, onde ele só tem como trabalhar com a expressão dos olhos já que quase o filme todo ele está com uma máscara de oxigênio. O famoso "os olhos falam mais" pode se aplicar no trabalho do britânico.
Um papel de destaque também é para o popular que leva seu navio ao front, feito pelo espião de a Ponte dos Espiões, Mark Rylance, que demonstra mais uma vez um papel estóico e notável.
As cenas como a "coreografia" dos soldados se abaixando ao mesmo tempo ao rugir das bombas inimigas e se levantando ao mesmo tempo é ao mesmo tempo belo e trágico. Ou a agonia dos soldados tentando sobreviver em navios afundando, a câmera sendo submergida para nos dar a sensação de afogamento e escuridão.
Importante lembrar que muitas vezes esse filme é feito de silêncios prolongados, onde os protagonistas se debatem para sobreviver ao caos.
O filme tem uma duração enxuta de 1h38 não se perdendo na verborragia e redundância, tornando a película uma eficiente produção sobre a segunda guerra. Belo trabalho de Nolan mais uma vez, embora um pouco incompreendido nos cinemas brasileiros, onde não teve assim tanta repercussão.
(****)
Diálogo a rememorar:
Popular ao soldado que retorna pra terra após a luta no mar:
- felicitações
Soldado:
- a única coisa que fizemos foi sobreviver...
Popular responde:
- é o suficiente!
(Dunkirk)
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