terça-feira, 26 de maio de 2015

Mad Max: Fury Road - Não precisa ler, apenas vá ver! (*****)

Mad Max Fury Road simplesmente é o melhor filme de ação em anos, um espetáculo de adrenalina e belos visuais que podes até não gostar, mas que dificilmente esquecerás.
É daqueles filmes que quando você resolve olhar no relógio e já se foram quase 1:40h de filme e se pergunta se o final pode ser ainda maior do que o já apresentado até ali, e sim, é!
Meio que uma continuação dos dois últimos filmes, um projeto de insistência de George Miller, o diretor original da trilogia, que nesta nova investida simplesmente criou mais coisas imaginativamente doentias e incríveis. A história ou roteiro quase que não existe, simplesmente a fuga de furiosa (Theron) com as belas reprodutoras de Immortan Joe, líder de uma comunidade futurística sem água, combustível e armas que luta para sobreviver num mundo árido e sombrio. Max (Hardy) é envolvido nesta fuga, após haver sido raptado para virar bolsa de sangue de um dos soldados que tem "meia vida". Uma coisa interessante é a já mencionada criatividade enlouquecida e insana de Miller, que só por ter dado vida as coisas citadas abaixo já conseguem deixar marcadas nas retinas fatigadas dos expectadores as seguintes criações (Spoilers)

  • Os carros com hastes com contrapeso que tem um maluco pendurado na ponta para abordar carros e carros-tanque;
  • gravar cenas de acidentes de carro sem efeitos especiais na maior parte do tempo, tudo na real, tudo destruição de verdade, impressionante, arriscada, brutal;
  • a cena que max e um soldado inimigo cospem gasolina num duto de ar dos motores para aumentar a potência dos carros! Wow!
  • A gíria e a pichada de alumínio na boca para o momento  de passagem para outra vida ownando dos soldados de Immortan. "Testemunhem!";
  • A tempestade de areia elétrica levando carros e homens para o espaço, uma das cenas mais belas e barulhentas do cinema!
  • As mulheres do filme que são tão fortes e imponentes, e importantes que fazem de Max quase um coadjuvante!
  • Os carros altamente estilizados, a máquina de guerra, as motos jogando bombas enquanto saltam sobre os veículos!
  • O guitarrista no trio elétrico do mal que praticamente faz a trilha sonora do filme, irmãos, que épico, a guitarra soltando fogo tanto sonoro quanto visual.
Estão garantidas mais duas partes desta obra prima do cinema de ação que custou 200 milhões de dólares. No Brasil a bilheteria do filme aumentou graças a propaganda dos fãs, dos quais me incluo, já que o filme é para um público ou mais novo que não conhece a franquia, ou mais velho que: a) pode ter encaretado e não vai curtir o filme; b) por ser de uma geração mais madura na época dos primeiros já não curte mesmo este tipo de filme e c) dos que eram mais jovens nos primeiros e agora se encantou com a incessante ação e saiu contando para geral da qualidade incrível do trabalho de Miller. 
O conselho final é, vá ver, não perca esta chance, não verás 2h tão bem pagas em muito tempo no cinema. Um filme tão genial que até o 3D e a dublagem não atrapalharam.
Cotação: (*****)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Voltando aos tempos de Milestone e brincar com ROMs com Windows Phone Lumia 930 e seu Windows Phone 10

Saudosos e guerreiros tempos quando tinha meu Milestone Android e seu teclado deslizante, uma excentricidade se pensarmos hoje, porém pratico para digitação. Na época do lançamento um topo de linha, que suportou atualizações até o android 2.3 senão me engano e mais uma infinidade de Cyanogens e outras. Me divertia muito com as atualizações e novos recursos, a levezas das ROMs e claro, um bug ou outro que ninguém é de ferro. As atualizações eram necessárias em certos momentos para alcançar versões android que seu aparelho não suportava ou pura fanfarronice mesmo só para brincar com o perigo, ou brickar com o perigo, dependendo da sorte e ousadia do malfeitor.
Depois desta fase não me aventurei mais até pela troca de smartphones ter sido uma tara minha depois disso, o que fazia com que eu conseguisse acompanhar os lançamentos de diferentes versões do SO do robozinho verde.
Porém, com meu bandeamento de já algum tempo para o Windows Phone, em parte para mudar de ares, em parte por questões de SO mais estável e inteligente nos recursos usados do cel, em parte pelas ótimas câmeras e construção dos Nokias, agora Microsoft. E agora mais um motivo, que é usar as vezes as atualizações preview for developers do agora Windows Mobile 10, que pelas leituras até o momento está bem usável, com os bugs contornáveis e talvez um pouco de lentidão na performance, mas para quem quer saber como será a nova cara do WP, a chance é essa.
Para isso o usuário tem de estar inscrito no windows insider e no aplicativo de mesmo nome escolher a opção Fast. A seguir procurar atualização e pronto!
No momento nas engrenagens. Deve demorar um pouco. Assim que sair delas atualizo este texto com impressões sobre.
Uma observação é que uso o Nokia Lumia 930.

PS: após instalado, as coisas não foram tão bem. Lentidão excessiva, a home que teimava em sumir e não voltar mais, programas que não funcionavam. Zerei o bichinho, instalei do zero, as coisas melhoraram bem, inclusive a velocidade, porém não conseguia acessar minha agenda telefonica google, embora os fones estivessem identificados quando ia digitando os mesmos. E o Whatsapp não instalava nem por decreto, tanto pela loja antiga quanto a beta. Com isso minha paciência esgotou e voltei para a 8.1. Dá para usar? Se vc fizer uma instalação limpa, dá sim, exceto se usas o whatsapp com constância, que atualmente compreende o conjunto Humanidade. That's all folks!

Voltando a ler e uma pequena história da literatura policial.

Sempre fui muito leitor. Costumava ler até 30 livros por ano em uma saudável competição com um colega de trabalho, vulgo Titi. A lista era eclética como cantora de MPB, e assim como elas, a qualidade poderia variar de literatura propriamente dita e best sellers policiais.
Agatha Christie e Georges Simenon notadamente na parte policial. A primeira, a título de esclarecimento, era mais voltada para a literatura dita mundana, pouco elaborada, porém ricamente psicológica. Seus dois ícones foram Miss Marple, uma velhinha de uma cidade do interior com um aguçado senso dedutivo. Já o ajanotado e cultivador das células cinzentas Poirot era seu personagem mais querido dos leitores. Belga, com seu bigode encerado, cabeça de ovo, chapéu côco, foi capaz de resolver os mais intrincandos crimes, como em o Assassinato no Orient Express, e em Cai o pano, sua última aparição.
Georges Simenon é por muitos considerarado o mais literário dos escritores policiais. Conseguiu elaborar novelas do comissário Maigret em certa feita em uma semana, um caso de proficuidade incomparável na história da literatura policial e fora dela. Viciado em charutos e mulheres, disse em certa feita que dormiu com milhares. Exagero a parte, o seu famoso personagem era um humanista, que gostava de entrar na atmosfera do ambiente do crime. Os personagens eram psicologicamente detalhados de forma incrível, e seu inspetor, como subvertendo a idéia do detetive genial, por vezes se confessava perdido, sem saber o que fazer, tateando no escuro.
Ambos os autores tiveram seus personagens personificados em seriados de várias épocas e variada qualidade. Além destes outros autores ajudaram a criar as regras e difundir a literatura policial.
O pai da literatura policial assim como suas regras foi o escritor e poeta Edgar Allan Poe. Atormentado, genial, alcoólatra, o americano definiu o que seria a novela dedutiva, assim como o interlocutor de inteligência comum que sempre ficava maravilhado com as peripécias do detetetive. Auguste Dupin foi o detetive de Poe, sua primeira história foi sobre uma correspondencia secreta. Sua aventura mais famosa é Os Crimes da Rua Morgue. Porém o mais importante feito foi o Caso de Maria Roget: um crime ocorreu na época e Poe, baseado em reportagens abundantes sobre o crime, simplesmente alterou o nome da vítima e reconstitiu o mesmo e dessa forma chegou a uma conclusão sobre o caso, que viria se tornar o que efetivamente foi apurado pela polícia posteriormente. Poe também fez ensaios, o seu famoso poema "O Corvo" é um clássico da poesia romântica mundial, e contos de terror e suspense, como o apavorante Um Caso de Mesmerismo e o Coração Denunciador.
Morreu tendo delirium tremens numa rua erma. Uns dizem até que foi envenenado.
Contudo quem ajudou a difundir a literatura policial foi Sir Arthur Conan Doyle e o seu notório Sherlock Holmes e seus assistente Dr Watson. Cientificista, detalhista, de memória fabulosa e versado em baritsu, violino e box, viciado em heroína nos momentos de tédio quando não havia crimes, o detetive era um ancestral da inteligẽncia quase computacional. Suas histórias ficaram tão famosas que Doyle em certa feita resolveu matar o herói, no que foi quase que apedrejado pelos leitores. Resultado: ressuscitou o personagem. E também usando os métodos de seu detetive fictício, ajudou a polícia a resolver crimes. Muita gente acredita que Sherlock Holmes existiu. A criatura engoliu o criador. No fim da vida Doyle se envolveu com ocultismo porém a sombra de seu personagem mais famoso sempre o perseguiu.
Outro personagem até pouco conhecido no Brasil é padre Brown de Chesterton. Tendo sido ex-confessor num presídio, aprendeu muitas coisas da vida bandida, digamos assim, e com sua sabedoria simples, e senso de observação quase mágica, ele desvendava crimes que por vezes beiravam causas sobrenaturais, quando na verdade não passavam de simples e pura maldade humana. Seus contos tinham uma qualidade muito literária, com muitos trocadilhos bem elaborados, que foram detalhados bem na edição da ediouro, que explicou mas não quis criar uma versão que certamente seria intraduzível. Recentemente teve uma série de tv da BBC com resultados variados nos episódios, e muitas mudanças no roteiro que por vezes desfiguravam os contos que lhes deram origem.
Convém citar também Arsene Lupin de Maurice Leblanc, o ladrão de casaca, os livros de Edgar Wallace e seu detetive Sooper, Nero Wolfe de Rex Stout, o detetive glutão criador de orquídeas e seu ajudante Archie Goodwin. Aqui não fiz menção a detetives da fase Noir por serem de natureza diversa das histórias clássicas dedutivas.



sábado, 2 de maio de 2015

Demolidor - A série (****)

Para quem nunca ouviu falar ou somente viu o fraco filme da marvel pode se preparar. A série do Netflix pega pesado, é muito fiel aos quadrinhos e dá enfase na recriação de Frank Miller.
Com isso é contada a origem do personagem, Matt Murdock, uma criança que salva um homem de ser atropelado porém fica cego devido a um isótopo radioativo que caiu em seus olhos, porém aguçou todos os sentidos remanescentes. Ele aprenderá a usá-los posteriormente, antes de ser formar advogado.
Porém o uniforme clássico do personagem só aparecerá bem no final.
Quem acompanhou as clássicas histórias de Miller, sabe que haverá ninjas, Stick, Rei do Crime (belíssima interpretação de Vincent Donofrio), bandidos, bastões que ricocheteiam, etc, além de citações aos vingadores e sim, a Elektra (a mulher grega bonita que comentam os personagens em um bate papo sobre abacates da lei... sim, na hora certa você vai entender!).
Houve mudanças, como Ben Urich aqui ser negro. Detalhes, detalhes. O ator compõe um dos personagens mais interessantes da série. Aliás, todos que cercam o personagem principal são bem construídos, lição que não foi aprendida pelo Vingadores 2, hehehe.
E tem as lutas. A pancadaria rola num estilo que parece que cada pancada efetivamente machuca, cada corte lacera, cada chute esmaga. E muitas vezes são planos sequência, sem cortes como no episódio 2. Atenção para a luta contra o ninja, e entenderão exatamente o que estou dizendo. Fica o aviso então, a série tem momentos muito violentos, então atenção com os pequenos!
O final da temporada foi "final feliz"por não ter deixado um gancho no ar, como é comum para despertar avidez pela segunda temporada já confirmada pelo Netflix.
A primeira temporada se compõe de 13 episódios, e esta é a melhor adaptação jamais feita para um herói em quadrinhos para a tv.
Cotação: ****

PS: Bem que o novo arco poderia apresentar o Mercenário. Vamos torcer.

Em busca do filme pipoca do ano (Vingadores 2 - A era de Ultron não é, definitivamente) - (***1/2)

Como fã de filmes de grande orçamento e conteúdo no mínimo próximo disso, fui assistir ao Vingadores 2, para verificar se ele poderia ser um dos grandes arrasa-quarteirão do ano e digo: não é.
É um bom filme, diverte, embora eu não tenha conseguido evitar bocejos em um determinado momento, dada a falta de drama pela quantidade absurda de piadas que todos os personagens ficavam fazendo um com o outro. Isso matou qualquer preocupação que pudéssemos ter com o destino dos humanos do filme tanto quanto com no dos heróis. Fez mal ao filme este lado zorra total, com certeza, ao limite do exagero. Os efeitos não poderiam ser ruins, claro, e nisso vemos muita competência e exuberância visual na tela. Ponto para a marvel.
Assisti em 3D e achei o filme escuro, para poder provavelmente potencializar o efeito, porém a vista fica lacrimejando muito para ver poucos momentos de alumbramento. É um preço muito alto que se paga para pouco retorno. Mera curiosidade, nada mais.
Um problema deste filme foi o vilão que nasceu, cresceu, e morreu de forma tão apressada, aliás, toda a trama parece ter sido picotada para caber nos já longos 2h20min aproximadamente. Com isso aumenta ainda mais o desinteresse no vilão ou nos heróis, inclusive no Visão, e da Feiticeira Escarlate e ou the flash da marvel que esqueci o nome.
O roteiro tem absurdos, e claro, é um filme baseado em quadrinhos, então ok. Afinal, só lá que Stark deixaria na mão de um artefato desconhecido controlar uma inteligência artificial tão mortífera. E vamos ser realistas: aquele romance abortado da Viúva Negra e Bruce Banner foi risível.
Com isso é inegável que o primeiro foi muito melhor, e acima deles O Capitão América Soldado Invernal.
Vale a pena? Sim. Imperdível? Não.
Aguardando ansioso para assistir Mad Max Road Fury. E depois dele, em dezembro, Star Wars 7. Aposto minhas fichas, as que sobraram, em um deles. Nada de Jurassic Park, este nenhum cobre vai ser perdido.
Cotação: ***1/2