terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Turn Blue - Black Keys - Uma nova sonoridade

Descobri estes caras recentemente, uns meses aí para por na conta. A sonoridade mais suja e pesada, puxando no rock de garagem, blues, Hendrix e outros dos primeiros trabalhos deve ter atraído um público diferenciado para esta galera estadunidense, e alguns hits ficaram no imaginário deles com propagandas, filmes e séries utilizando Set you free, I'll be your Man, 10 AM Automatic como trilha sonora. Então ocorre a união com o produtor Danger Mouse e a burilada no som que aparou algumas arestas e trouxe a banda para os holofotes com álbuns com uma pegada mais pop mas ainda assim com boas guitarras e bateria comandando o show. Os três desta fase mais pop são os álbuns Attack and Release, Brothers e El Camino.
Falando deles, são uma coleção admirável de rocks alguns mais ousados, outros bem pop e com letras surpreendentes, como Strange Times, Tighten Up, Dead and Gone, Same old thing, Howlin for you, Lonely Boy, Sister, Mind Eraser, Unknown Brother e outras que dependendo do gosto com certeza o ouvinte acaba se identificando mais. Só estas citadas já dariam uma bela coletânea de Hits para salvar qualquer festa rocker, vão por mim.
Eis que dando uma virada no som e no clima, os caras lançam em abril de 2014, atrasadamente de novo descobri, Turn Blue.
Para os fãs fanáticos por blues e garage rock certamente é um cruzado no queixo, pois aqui o que mais tem relevo no som são os teclados climáticos, bateria e contrabaixo um tanto quanto dançantes, com as guitarras mais rítmicas, sem riffs que eram uma marca registrada do som da banda.
Em Fever já se nota que o trabalho fala um bocado da separação, algo ainda vivo na vida do vocalista e compositor Auerbach, e que os climas serão tão ou mais importantes até do que a letra, inspirada, que fala "...você me balançou como nunca eu fui antes / agora me mostre como viver de novo". Pode ter certeza que o fraseado de teclado vai ficar assombrando sua mente! Não é por acaso que foi o single de lançamento do álbum.
Contudo o álbum embora tenha ótimas músicas, não é destinado ao sucesso e as arenas, mas como disse a banda em entrevistas, é um apropriado produto para ser ouvido nos fones de ouvido, pelo cuidado da musicalidade e produção.
The Weight of Love tem um estilo viajante, quase etéreo, um tanto fantasmagórico até na imagética sonora, digamos assim, embora fale de um amor e o peso dele. Um solo melodioso para matar saudades de algo que será um tanto raro neste trabalho, ao contrário dos falsetes de Dan em algumas canções, uma nova faceta nos vocais dos caras, que surge em peso em In time "Vc tem uma mente preocupada/ e eu um coração preocupado / vc não sabe o que fazer / e nem eu por onde começar...).
Year in Review é outra ótima canção, com o coro e um tom meio Echo, talvez pelos climas e um quê de culto, na belíssima letra pergunta: "Pq vc sempre amará aquelas que irão te machucar? / então desabam quando elas se vão / oh não, é tão doloroso quando se vão, e difícil deixá-las ir / e vê-las debandando enquanto voce pergunta: "por que estamos sempre na direção errada? / vergonha, mas vc está fazendo isso de novo."
Bullet in The Brain começa lentinha mas perto do meio tem uma mudança de ritmo que acorda o ouvinte para a canção, além de um contrabaixo muito bem sacado. Como o arrependimento e o remorso estão no sangue do álbum, o vocalista lamenta e diz que "prefere uma bala no cérebro a permanecer o mesmo".
Is Up to You Now  lembra beatles, guitarras finalmente de volta, e mais mudanças no andamento da canção, o que a torna a música estranha e pouco palatável, porém era isso que queria a banda com isso não?
Não poderia deixar de destacar as ótimas 10 Lovers, com seu contrabaixo soando como um trovão, além dos falsetes que casam com a dor de cotovelo explicitada na letra, e o refrão com crescendo de instrumentos muito bem construído, e no rockão mais ao estilo Black Keys na aparentemente mais ensolarada faixa do álbum, ritmicamente falando, Get Gotta Away, embora a letra ainda seja amarga. Prestem também atenção em Year in Review, Waiting in Words e na falsa balada In Our Prime. Um grande disco que alguns torcerão o nariz se forem tradicionalistas ao passado da banda, mas que vale a pena experimentar a nova sonoridade, e porque não, aos novos rumos da banda. (****)

sábado, 29 de novembro de 2014

A sexta de cada um

Hoje, sexta, por sí só já produz em todo o mundo ocidental um fascínio e regozijo ímpar
pelo que encerra, pelo que trás em sí de ânsia, mistério, expectância.
Sexta é o dia mais legal da semana, amigo camarada cachorro trem, como dizia o poeta.
Para os porras-loucas, como circulou em um áudio nos whatsapps da vida, é a "sexta-cheira".
Cada um desenha a sexta-feira a sua imagem e semelhança, ou dissemelhança.
A sexta dispensa apresentações, ela nasce com fogos e foco na alegria pagã de festejar.
Pobre segunda, terça, quarta, quinta... Ninguém tem olhos para elas. A rainha da passarela é a sexta, com seus "play me eyes".
Talvez a única sexta-feira que alguns não almejem, ou se o fazem é com um quê de proibido, é a sexta-feira 13, aziaga, cheia de presságios, lendas, superstições. Nunca tive medo dela. Mas que existe, sim, existe.
Olhar no rosto dos transeuntes, em cada bar, em cada padaria, em cada canto da cidade, numa sexta-feira, é poder perceber a felicidade plena e cintilante brincando de se mostrar. É como encontrar quem ame futebol logo após uma goleada sofrida pela Argentina, ou então a nova vilã, Alemanha. Aquela cumplicidade de amantes, de amigos verdadeiros, de estrela e lua numa noite de verão de céu límpido.
Diz uma lenda anglo-saxônica (mentira, apenas incluí isso para bafejar erudição) que para as crianças TODO DIA é sexta-feira. Por isso a infância é tão apetecida, tão cantada em prosa e verso, ungida de alegrias sem fim.
Sexta-feira é como encontrar um álbum que parece ter sido esculpido dos porões da terra inimaginada da imaginação especialmente para você, com cada melodia, cada arpegio, cada virada de bateria, cada refrão astuciosamente pensado para lhe provocar uma felicidade em forma de som.
Sexta-feira tem sabor de uma reviravolta que te traz de volta para o mundo dos vivos, quando parecia que no mundo dos sonhos tudo era ruína, desespero, medo, inexorável. É como acordar de um sonho ruim e saber que a felicidade está ali ao alcance do primeiro passo fora da cama e o caminho é a grande virtude da viagem.
A sexta tem um tão poder de insinuação e significado que Drummond, no poema, colocou o beija na...sexta feira!

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Não deve ser mero acaso, não, duvido.
Sexta, como uma velha amiga que há muito não vemos, ou um camarada que se mudou e reapareceu para botar o assunto em dia.
Sexta como um belo e impactante filme argentino, com suas histórias e reviravoltas e a mostrar mesmo sendo feito sem grandes orçamentos podemos construir algo de valor.
A sexta pode ser da cor que você quiser pintar na verdade.
Eu preferi pintar como uma floresta tropical, plena de cores fortes e insinuantes ao olhar e aos sentidos.

Até uma sexta-feira cinza como esta, que levou Bolaños mas nos deixou na memória seus personagens carismáticos com sua doce e rara inocência.

Contudo, esta é uma sexta-feira.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Morrissey e o drama do câncer e outras coisas sobre minha admiração sobre os Smiths - Parte 1

A notícia do bardo anunciando que sofre de câncer desvestiu o mistério que se tornou as constantes notícias sobre mal-estares do vocalista eterno dos Smiths. Morrissey parece padecer de uma triste e perigosa resignação sobre o fato de que pode ser uma luta inglória. Num mundo do pop/rock tão carente de verdadeiros e relevantes ídolos, certamente é uma porrada para quem acompanha a boa música inglesa feita nos últimos tempos.

Lembro que conheci a banda graças a This Charming Man. Banda esta formada pelo brilhante Johnny Marr e sua guitarra cheia de dedilhados e arpejos inconfundíveis, que influenciaram muita gente, o exemplo mais notório e importante é a Legião Urbana do disco 2. Morrissey, vocalista celibatário, de sexualidade dúbia e letras kilométricas e de um sarcasmo pronunciado, e a cozinha perfeita composta por Andy Rourke, baixista que compunha linhas melódicas que casavam de forma ajustadíssima com as guitarradas de Marr, e o baterista Mike Joyce, com seu trabalho de pratos sempre elogiado.

This Charming Man tinha uma condução de guitarra única e inconfundível, tanto que catapultou a banda a ter este single como single do século pela Melody Maker, exagero desculpável e aceitável. A guitarra baixo bateria prenunciavam, logo em seu início, a receita da banda para a música pop perfeita, baseada em guitarras jingle jangle, música pop dos anos 60, literatura de Oscar Wild, Keats e Yeats, celibato, dubiedade sexual, vegetarianismo, e críticas ferozes a inglaterra e a realeza.

A versão desta música era a que estava no álbum Hatful of Hollow, ou álbum azul, da gravadora que eles fariam parte a vida inteira, a Rough Trade. O album era uma coletânea de músicas apresentadas ao vivo em estúdio, inéditas e outras que já constavam no primeiro álbum, The Smiths simplesmente. E já continha uma batelada de clássicos instantâneos, como William It was really nothing, a bateria incessante de Mike Joyce com a guitarra agressiva de What difference does it make, a sombria guitarra irreconhecível no riff de How Soon is now, com os versos clássicos como "Eu sou o filho e herdeiro / de uma timidez criminosa de tão vulgar" ou "Eu sou humano e eu preciso ser amado, como tudo mundo precisa", pura juvenília que afetou milhares de jovens tímidos pelo mundo, Handsome Devil e o rock do diabo dos Smiths, Hand in Glove e "não, isto não é como outro amor qualquer, este é diferente porque é nosso!", o indefectível riff de Heaven Knows I'm miserable now e os versos "por que eu dou um tempo valioso / a pessoas que não se importam sequer se estou vivo ou morto (ou com pessoas que quero dar um chute no olho???". Não é todo dia que se encontra letras com tais idéias e tiradas, e isso abunda nas letras do desencantado Morrissey. Calma, ainda estamos falando de somente UM ÁLBUM destes caras! Continuando: This Night has oppened my eyes e a sombria letra que diz "em um rio da cor de chumbo / afunde a cabeça do bebê / embrulhado em um jornal) e a melodia triste adrede consumada. A bela balada Back to The Old House tem um belíssimo arranjo de violão, característica cara ao cara da guitarra, além da delicadeza de Please Please Please Let Me Get What I want onde Morrissey se lamuria sobre "Bons tempos para uma mudança / veja a sorte que tenho tido/ faria um homem bom se tornar mau" ou "Não tenho sonhado há tempos..." que pode lembrar muita gente e nenhuma. Além destas há de atentar também para Still Ill, Miserable Lie, You've got everything Now e Girl Afraid, nesta coletânea praticamente, repleta de grandes músicas. Por aí se vê a falta de medo da banda em jogar toda a copiosa produção para os singles e álbuns, talvez uma certa premonição de que a banda teria vida curta, como se viu posteriormente.

No próximo texto, Meat is Murder e a ode de Morrissey contra a carne.

domingo, 2 de novembro de 2014

LG G PAD 8.3 - Review

Sempre tive tablets dos mais diversos modelos e marcas. Android é uma terra sem lei, com vários modelos que não entregam uma experiência satisfatória e sem lags. Desde xing lings de procedência duvidosa e vida mais breve ainda. Ou o guerreiro Genesis que me renderam até que bons momentos, mas ainda devia muito. O multilaser M8 é um bom aparelho, a tela é razoável mas os lags ocasionais eram de doer.
Os caminhos, eis que chegamos aqui ao LG G Pad 8.3 com sua tela padrão letterbox e não 3/4 como são os ipads. Contando com um processadorQuad Core Snapdragon 600 com 1,7 GHz e 2gb de ram, 16 Gb de espaço interno, uma bateria de boa durabilidadee alguns recursos muito interessantes que irei detalhar mais abaixo, enfim pude encontrar um tablet android que entrega uma experiência de uso muito, e com um preço que tende a cair já que os concorrentes estão se mexendo também.
Em duas cores, o que tenho é na cor preta (branco a opção) e tem espaço para cartão SD, importante adição para os gulosos aplicativos de hoje em dia.
O aparelho tem peso no padrão, boa pegada, tela com um bom brilho e resolução Full HD+, além de um recurso interessante para poder "acender" a tela: o que a LG chama de KnockON, dois toques que o windows phone já utiliza como padrão em seus aparelhos. Dois toques acendem a tela, que vai para o bloqueio, e dois nesta mesma tela para apagá-la. Uma forma interessante de economizar o botão físico, que, como todos sabem, custa uma fortuna para consertar em qualquer tablet ou celular.
Uma adição interessante é que ele funciona como controle remoto para tvs, dvds, etc, de forma prática e rápida para programar. Ele tem um sensor infravermelho que faz a mágica, e pode ser interessante naquele momento que o controle está longe, ou em destino ignorado.
Também é possível parear com alguns celulares e receber as notificações destes no tablet, o que pode ser uma mão na roda. Porém só podemos ler, nada de responder, infelizmente.
Falando da performance do tablet, ele apresenta transições bem fluidas, embora hajam alguns lags, mas quase imperceptíveis, dado o conjunto poderoso que ele apresenta no hardware.
Funciona jogos de maneira tranquila, mesmo os mais pesados e exigentes, que somada a qualidade da tela permite uma jogatina de qualidade e visual dignos de nota.
Alguns crapwares de praxe, como não poderia deixar de ser, e o Android mexido da LG que dá um aspecto meio caricatural ou de desenho a interface é um contra, pois queremos um SO sóbrio e elegante, ora bolas! Nisso a LG não se emenda, quem sabe um dia.
A bateria de 4600 rende até 8h de uso, sincronizando tudo e com a localização ligada, o que pode ser considerado bom, e é o esperado para um tablet mid range. Para carregar leva a metade do tempo, umas 4h, mas ainda aguardamos que a tecnologia evolua para acelerar isso, afinal tempo e energia são dinheiro.
Versão android atualizada para 4.4 e não há mais notícias sobre atualizações vindouras, o que é uma pena, pois hardware há de sobra para novas versões mais exigentes de SO.
As câmeras traseira e dianteira são de 5mp e 2mp e entregam videos Full HD e Hd, e são bem razoáveis e seguem a regra de câmeras de celulares e tablets: bons resultados com bastante luz e sofrimento quando não há boas condições de iluminação. Mas eu não serei o cara que vai ficar com um tablet apontando pra tudo que é lugar para tirar foto, então ok.
Levando em conta todos os prós e contras, este tablet da LG é um eletrônico maduro e bem acabado, pratico e funcional, de forma que não há como não recomendá-lo.

Nota: 8,0

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Curtinhas

Diálogos esclarecedores.

- William, xeu te falar...
- Diz ae...
- Detesto quando as pessoas me deixam falando sozinha...
-.....
-???
- rsrsrsrs
- FDP

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A calcinha da irmã do gordinho

- Gordinho...
- Que foi cara?
- Ontem em bem vi a calcinha da sua irma!
(Mãe berra ao longe) - Dauriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
- No varal mãe, no varal!

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Fim de semana na serrinha

- Aqui na roça que a gente vê o céu de verdade, até aquelas poeiras cósmicas dá para enxergar...
- É, as luzes da cidade não permitem que a gente caia no mistério da noite.
- Modernidade tirou-nos as coisas mais simples e mais sensacionais da vida não é?
- Por outro lado não enxergando as estrelas direito dá menos medo dos ETs virem nos sequestrar hein?
- Verdade, agora esta via láctea está super-congestionada de ufos, ovnis e enterprises!
- Cara, enterprise é de terrestres, não é de ETs.
- Tu é implicante, se eu tivesse falado Mileniun Falcon...
- Aí seriam ETs porque eles são de Tatooine...
- Mano, este papo tá muito viagem.
- Interestelar.
- Verdade. Mas roça faz a gente pensar. Fora da correria das cidades, do automatismo, a gente tem de pensar, né?
- A calma convida o pensamento... Mas isso lembra o Drummond e seu "No elevador penso na roça / na roça penso no elevador"...
- Mesmo... de repente deu uma saudade do meu computador...
- E eu da minha tv...
- Enjoei, quando a gente vai embora...
- Amanhã filho, só mais uma noite de sofrimento.

sábado, 20 de setembro de 2014

Leoni - Show no Sesc e um pouco de história

Fui no show do Leoni hoje no Sesc e algumas constatações que devido a correria dos dias e das fugidias lembranças agora vem a mente.
Uma é que Leoni contra-baixista fez parte de duas bandas antes da carreira solo, sendo que a de maior notoriedade e sucesso é a banda da Paula Toller, O Kid Abelha (e os abóboras selvagens, como se chamava antes). Foram namorados e uma briga (que dizem que teve a ver com o envolvimento dela com Hebert Vianna) selou a saída do Leoni, um dos compositores principais da banda, responsável direto por sucessos como Educação Sentimental, Como eu Quero, Fórmula do Amor, Garotos, Fixação, Alice não me escreva aquela carta de amor, Porque Não Eu, Lágrimas e Chuva (genial e subestimada esta belíssima canção de angústia amorosa), Os outros, entre outras que não me lembro. Mas amigo, amiga, só com estas aí já dá para fazer um bailão de responsa, coisa de hitmaker nato e talentoso. Estas eram dos anos 80, quando a banda explodiu no cenário nacional, a primeira fase que depois sobreviveria sem Leoni porém com alguns trabalhos ainda assim decentes.
Após esta separação não amigável, Leoni montou uma outra banda que teria relativo sucesso no BRock que foi o Heróis da Resistência. Uma banda de pop com algumas boas canções, porém a pecha de Abóbora Selvagem fez com que o disco fosse avaliado como apenas banal para a época, o que certamente é algo equivocado e preconceituoso.
Para começar há um belo Rock com um contrabaixo cheio de compressão e melodia, marca registrada da música com uma letra um tanto arrojada para o momento do rock da época, onde a brincadeira é paradoxos como "Eu conheço esse outro mundo / essa outra porção do espaço / Onde eu me sinto livre aprisionado nos seus braços" e apesar do refrão não seja tão feliz, é irresistível o peso pop da música.
Um outro clássico, desta vez mais romântico e lento, é Só pra o meu prazer, uma canção que o músico explicou no show que é uma música de um amor egoísta (Eu te recriei... só pro meu prazer), em um viés que normalmente não enxergamos hipnotizados pela melodia e clima leve que vai em direção oposta a letra. E há, não se pode esquecer, Duble de Corpo, uma canção de arrependimento (só você sentiu por mim o que eu nem sentiria) e promessas de um novo começo (se você ainda acreditar eu prometo.. te proteger, te poupar das dores, não se ama, amor, em vão) e foi um exaustivo sucesso da banda. Nosferatu é apenas ok, fez um sucesso relativo nas rádios.
Depois veio mais um outro álbum, se não falha a memória, e olha, ela falha bastante, mas tudo bem, e este outro trabalho trouxe Silêncio, balada pouco inspirada, e a fodástica Diga Não, uma das mais belas canções que engendrou Leoni, onde enumera vários situações que merecem um Não, um desabafo que no refrão tem o verso "Diga não pra ser ouvido, seja positivo", que ganha força de significação contra a pasmaceira que por vezes permeava o momento que vivíamos no país e na vida.
Dando continuidade, Leoni deixou de lado o formato "banda" na formação dos shows ao vivo e passou a investir nas apresentações acústicas e com somente um músico de apoio, e com uma poesia mais rasgada e angustiada, que lembrava Cazuza na dor, (Exagerado, que ele tocou no show é parceria dele com caju e Ezequiel Neves - estes dois devem estar fazendo um escarcéu dos diabos no céu, ou inferno) com um toque pessoal do músico.
Embora não tenha encontrado sucesso comercial na mídia, passou a arregimentar um público fiel e cativo que é uma mescla de velhos fãs das músicas do seus tempos de Kid Abelha, outros da fase Heróis e também da inspirada fase que dura até os dias de hoje, com canções belíssimas. Vejamos, por exemplo 50 Receitas para te esquecer, e seu refrão que é puro tormento e beleza:

Eu ja ouvi 50 receitas pra te esquecer 
   
E só me lembram que nada vai resolver,
         
Porque tudo, tudo me traz você

E eu já não tenho pra onde correr    

É fato que muitas vezes os poetas trabalham melhor sob o açoite da dor, que as gotas que marejam do açoite amoroso tem o sabor mais doce na escrita. Esta é um exemplo perfeito disso, embora ele fale dela com leveza, quase escárnio nos papos entres as músicas.

Carro e Grana são reminiscências de uma época em que o sucesso era fácil e real, época de sorrisos fáceis e muitos amigos de ocasião ("todo mundo ria do que eu dizia, e eu dizia um monte de bobagens"), cantados com a ironia que o tempo revisitado merece e a auto-crítica e a experiência descolorem.

Fotografia é outra bela balada de um passado que o músico parece querer captar em muitas das suas canções, mas que, como a fumaça, é etéreo, fugidío, espectral. Não existe imutabilidade. Tudo muda, em um segundo, em um minuto, em vários, e se estamos felizes, aproveite. Isso passa. Se está nas trevas, isso também vai passar, e o jogo vira.

As cartas que eu não mando é uma polaroid da vida que vive sem o ser amado, a urgência da vida não espera para ser contada, não espera o amor, a vida é corrida, luta, vitórias e derrotas. E se for pra ser, será, algum dia haverá a resposta e se houver quem deva ouvir, não será em vão. Bela canção.

Garotos II é a continuação da clássica do LP Educação Sentimental. Todo mundo conhece, todo mundo adora, e concorda.

Falando sobre o show especificamente, o cantor faz interessantes e bem humoradas inserções entre as músicas, explica algumas músicas em sua real significação, brinca com o público, parece realmente se divertir ali, sem o ar blasé de muitas figuras inexpressivas que pensam estar no topo do mundo da música brasileira. O guitarrista que o acompanha é muitíssimo competente em criar climas, imagens sonoras para as canções, sem nunca apelar para o virtuosismo digitativo. Difícil não recomendar o show deste respeitável e bem humorado produtor de sucessos que entrega quase duas horas de divertimento de alta qualidade.

domingo, 7 de setembro de 2014

Algumas dicas tecnológicas

Algumas dkas para enfrentar os desafios da vida.

1) Melhor tática para pegar músicas aleatórias... Achar no Youtube e colar o link em http://www.youtube-mp3.org/ e depois ir em download. Sucessagem. Uma dica também é o Rocket para buscar mp3, via p2p.

2) Pergunta: Adaptador Wifi com antena faz diferença ao invés de sem antena? 
Resposta: Sim, faz. Tinha um da level one sem antena e embora ele funcionasse bem com um roteador wifi por perto, em distâncias mais expressivas ele simplesmente ou não conectava ou conectava porcamente. Tentei então um da Dlink (R$ 65,00 aqui em Barra Mansa / RJ) e embora não seja mil maravilhas, já jogou o sinal para 3 barras (de um total de 5) e manteve a conexão de boa.

3) Pergunta: repetidor wifi funciona?
Resposta: funciona sim, porém não faz milagres. Deixe-o a meio caminho do local onde vc quer que o sinal vá chegar, mas dependendo dos obstáculos, interferências, etc, esta distância não será lá tão grande. Mas é uma solução razoável no lugar dos cabos trambolhentos.


domingo, 24 de agosto de 2014

Blu Studio 5.5s - Review

Já tive um blu life play, ótimo celular desta nova contender android (e pelo que vi recentemente em WP também). Passei uma boa estada com o Nokia Lumia 920, com o já maduro e interessantíssimo windows phone, porém comecei a sentir falta de uma tela maior, me sentia confinado no wp. Após algumas pesquisas, descobri que os WP de telas maiores tinham preços um tanto proibitivos, ao menos para meu bolso. E dá-lhe procurar outros aparelhos em outros sistemas, e eis que me deparo com o Blu Studio 5.5s. Uma evolução do anterior blu studio 5.5, que tinha um processador ligeiramente mais fraco e camera de 5mp.
Na versão recente, temos um mediatek quad core de 1.3Ghz, uma camera de 8mp, tela IPS de 5,5 polegadas Qhd que não faz feio, embora seja abaixo de HD, com boa resposta. O espaço interno ainda é um problema deste aparelho, que libera apenas algo como 2gb para o usuário, embora permita jogar as instalações para o SD.
Falando sobre a performance do aparelho, os apps rodam bem e são raros os lags, não encontrando problemas nos apps mais básicos. Games alguns devem apresentar mais dificuldades, dado o fato de o aparelho ter somente 1 Gb.
A tela, como dito acima, é um tanto grande para os padrões normais, digamos assim, mas em compensação este meio termo entre tablet e celular pode ser interessante e te fazer por vezes dar uma leve aposentada no tablet, pois a visualização fica muito boa, principalmente fotos e vídeos, além dos apps. A luz do sol a visibilidade é razoável, e pode ser necessário procurar uma sombra para poder enxergar melhor alguma mensagem ou algo do gênero.
O SO é o Jelly Bean 4.2 mas há infos de que será atualizado para o 4.4 como foi o life play. A versão da blu como é usual é quase pura, não há praticamente skins escrotas como as da samsung ou LG, o que ajuda na fluidez do sistema sem invencionices.
O aparelho vem bem embalado, e na caixa contém os já indefectíveis película, capa, e o fone, e com uma novidade: tanto o cabo usb quanto o do fone são flat, que evita aqueles emaranhados malditos que tanto irritam nos fios comuns. Ponto para a Blu.
A câmera é apenas razoável, com granulações durante o dia, e a situação piorando muito, como é comum, à noite. Filmagem em full hd é uma feature que faz sentido apenas se for feita com boa iluminação. Há alguns truques legais no app de foto, mas nada demais. No fim das contas, quem usou já um nokia lumia será sempre mais crítico com as câmeras de outros smartphones, dada a qualidade superior das lentes usadas pela empresa finlandesa.
Quanto ao design e a pegada do aparelho, alguns terão dificuldade de usar o aparelho com apenas umas das mãos, algumas áreas da tela serão inacessíveis. O botão de liga tem uma posição pouco usual, não exatamente no meio do aparelho, o que faz com que fiquemos procurando ele instintivamente, sendo que ele está um pouco mais para cima do blu. Não há botão físico de acionamento da câmera, uma tendência da indústria. Todavia temos o led de notificação com cores diversas para indicar que há sms ou mensagens de apps ou até ligações perdidas, uma idéia inteligente pois por vezes não estamos o tempo todo perto do nosso smart para ouvir o som ou vibro do mesmo. Um contra, ao menos para mim, é o aparelho ser na cor branca, que pode encardir com o tempo, mesmo com muito cuidado.
Pesando os prós e os contras, este aparelho de ótimo custo benefício (R$ 530,00 com frete incluso) é uma boa opção para quem quer um phablet funcional e bonito, com os brindes da Blu que são um diferencial. (****)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Hermes e Renato e a morte do Renato

O suicídio é algo difícil de se digerir, entender, racionalizar.
O suicídio de um humorista beira o surreal, logo alguém que trabalha o humor deveria saber levar a vida de
forma menos trágica como fez Fausto Fanti, lider e idealizador do grupo anarquista de humor Hermes e Renato.
Não entenda com isso que humoristas não tenham de sofrer, não possam ser deprimidos, algumas pessoas aliás tem uma tese de que humoristas são os mais deprimidos. Não concordo, mas é uma tese, se correta, é outra história.
Como disse um dos integrantes do grupo, Fausto pregou uma pegadinha nos seus fãs e amigos, e deprimido, em separação de casamento, deu cabo a própria vida para entrar na história do humor brasileiro.
Amigos que desde adolescentes já bolavam os primeiros esquetes, que depois de depurados foram parar na MTV, onde reinaram durante uma década fazendo um humor escrachado, politicamente incorreto, irreverente e por vezes até pueril, porém incapaz de deixar ninguém sem rir das ambientações trash, interpretações canastronas, principalmente nos quadros do Hermes e Renato, principal cria do grupo, uma dupla de malandros que se envolvia nas mais absurdas situações, além de outros personagens hilários como o Boça, Joselito, o sem noção (curiosamente o intérprete do sem noção que encontrou o amigo morto), Padre Quemedo, dentre muitos outros que apareceram somente em um quadro do programa.
Lembro que tinha duas fitas, pouco é verdade em comparação com o tanto de material que eles produziram, que vivia assistindo, e quando tinha conhecidos em visita, assistia novamente.
Quadros como o Merda Acontece, onde os personagens sempre eram novos, apresentaram histórias absurdamente hilárias, como a da participação do João Gordo, onde ele, ao final, por não encontrar banheiro que lhe acolhesse após comer as mais diversas gororobas, se "entrega" abraçado a uma árvore.
Hermes e Renato apresentou também momentos impagáveis, como o esquete que eles são os policiais achacadores de um incauto motorista, uma verdadeira instituição brasileira. Em outra feita, Renato é um espertalhão que quer se casar com uma velhinha, sendo desmascarado pelo Hermes. Ou o episódio do "Corta" que o diretor interrompia o tempo todo a gravação para dar chilique, e o final, claro, é clássico. Também há o clássico "pedreiros da pqp" com a trilha sonora beirando a perfeição. O do açougue, outra instituição nacional para ser esculhambada por estes arruaceiros do bem que tanto pisotearam o humor chapa branca que andava circulando pelos corredores da tv brasileira. Isso é apenas a ponta do iceberg dos tantos esquetes absurdos que tantas vezes nos fez gargalhar e agora o sorriso, ao lembrar, se torna ligeiramente amargo, para mostrar que o sorriso pode vir da dor, e da dor, o sorriso.
Vá em paz "Renato", sua missão aqui foi cumprida, embora coubesse mais anos e anos de zombarias diversas, mas cada um tem seu caminho, e o seu foi rápido porém prolífico e incomparável.

sábado, 12 de julho de 2014

Duas novas séries assistidas - In The Flesh e Penny Dreadful

Uma boa vantagem de se apreciar seriados é a alta demanda de bons produtos sendo lançados não só nos EUA como na europa.

Justamente de lá vem mais um bom produto da britânica BBC, In The Flesh. A primeira vista e a primeira cena, onde uma mulher armada faz compras num mercado e é atacada por uma zumbi,  parece mais uma produção a se aproveitar deste medo moderno dos mortos voltarem a vida. Ela ao tentar fugir, após haver tomado um tombo, cai nas mãos de outro morto-vivo. Nada demais, deja-vu. Mas exatamente no próximo corte de cena vem a mudança radical de situação! Na realidade isso é uma reminiscência de um zumbi que perdeu seu lado animal e conseguiu ser curado da síndrome do falecimento temporário! Ele e outros milhares estão numa espécie de hospital do exército recebendo doses de uma medicação na medula diariamente, para não voltarem a serem mortos-vivos, embora em parte ainda sejam, como veremos em outro aspecto mais a frente no episódio. Após sua alta do tratamento, que é pelo resto de suas vidas(?), eles serão reinseridos - como presos na vida real quando são libertados da cadeia - na a sociedade, para a vida familiar. São maquiados para disfarçar o tom esbranquiçado da pele e usam lentes de contato, pois suas pupilas são danificadas e as lentes não os deixa com um aspecto ameaçador.
Mas há um exército, ou milícia, que agora combate e extermina os zumbis, que aparentemente quase extinguiram a raça humana. A irmã do rapaz que é o protagonista ex-zumbi faz parte, e daí dramas advirão, e neste primeiro episódio temos uma cena dramática de suspense e crueldade que vai dar o tom da série, uma alegoria para estes tempos difíceis que vivemos. (****)

Penny Dreadful é mais uma produção HBO com a qualidade e esmero que são marca registrada da tv a cabo. Aqui o tema também é sobrenatural, porém os seres que veremos são demônios, possessões, com a mocinha do título (Eva Green) sendo uma sensitiva que é perseguida por uma entidade de tempos imemoriais egípcia que ajuda um pai a resgatar a filha das trevas, da qual esta mocinha teve algum envolvimento ainda não revelado com o acontecimento. Porém a salada aqui é mais eclética, e com isso veremos o Dr Frankenstein e suas crias, além de Dorian Gray, Jack The Reaper, e algo mais que eu possa não ter percebido. Isso de certa forma tira um pouco do foco e prejudica a unidade da série. Claro, há cenas de sexo, já que a HBO tem de chocar de alguma forma, e reviravoltas inclusive de gênero, digamos assim, para temperar o prato. Convém notar que há boas interpretações de Dalton e Green, e personagens pitorescos como o pesquisador de história egípcia, afetadamente interpretado.
Vale uma assistida embora tenha um quê de Van Helsing no visual e na irregularidade. (***)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Jogos grátis para usuários Gold em Games With Gold para Xbox One disponíveis!

Uma ótima notícia hoje. Embora muitos acreditassem que só após a atualização de junho, prevista para dia 9, os games estariam disponíveis, hoje tivemos a agradável surpresa de ver os games abaixo disponíveis para download!

Max: https://store.xbox.com/pt-BR/Xbox-One/Games/Max-The-Curse-of-Brotherhood/1d6640d3-3441-42bd-bffd-953d7d09ff5c

Halo Spartan Assault: https://store.xbox.com/pt-BR/Xbox-One/Games/halo-spartan-assault/a3807603-9e22-48b2-8b75-c6bf36ddc511

Embora halo não seja grande coisa, Max é um jogo muito bom de plataforma com belos gráficos e mecânica. Microsoft mostrando que chegou chutando portas ao oferecer dois games, ousadia logo imitada pela Sony que também disponbilizará dois games a partir da iniciativa propalada pela Live Gold.

Uma outra boa nova é o Demo do game do UFC que permite jogar com Jon Jones e Gustafsson (se é assim que se escreve). Todos estes games tem menos de 3 Gb para download.


domingo, 1 de junho de 2014

Quintana e o primo Borges

PRIMO BORGES

UM AMIGO de Mario viajou para Buenos Aires e foi visitar Jorge Luis Borges na Biblioteca Nacional. Conversa vai, conversa vem, falaram no poeta brasileiro e Borges disse que já havia lido alguma coisa dele. O amigo mencionou o nome completo, Mario de Miranda Quintana. Borges interessou-se: “Então é meu parente, eu tenho Miranda na família”.
Quintana, claro, ficou sabendo da história. Quando Borges morreu, ele comentou com Sergio Faraco: “Morreu feliz, morreu pensando que era meu primo”.

Outro caso de Quintana

NOMES FEIOS

INÍCIO de mais uma madrugada. Mario chega à pensão em que morava, na Barros Cassal, perto da Avenida Independência, e é mal recebido pelos cachorros do vizinho. Reage aos latidos enfáticos com todos os palavrões disponíveis.
Na calçada, os pintores Waldeny Elias e Gastão Hofstaetter, que passaram a noite bebendo com ele e vieram deixá-lo em casa, assistem à cena.
Em meio à gritaria, abre-se a janela e surge a dona da pensão:
– Mas o que é isso, seu Mario! O senhor, um homem tão culto, um poeta reconhecido, dizendo essas barbaridades!
Ao que ele se defende:
– E a senhora, por acaso, sabe os nomes feios que estes cachorros estão me dizendo?

sábado, 31 de maio de 2014

Um Causo de Quintana

IMPOSTO DE RENDA

ANDAVA às voltas com a declaração do imposto de renda. Tinha o salário do Correio do Povo e até aí tudo bem. Para complicar, havia direitos autorais vindos de várias fontes. Mais burocracia do que dinheiro, como se sabe. Enfim, andava às voltas com os labirintos da declaração.
Mas sempre há uma alma caridosa. O colega Sílvio Braga, que se dividia entre a redação do Correio e uma repartição federal, ofereceu-se:
– Reúne a papelada e me passa, que eu faço tua declaração no computador.
Prometido e feito. Mario agradeceu pelos préstimos com um verso:

Sei que meu cálculo é infiel
Na mais inglória das lutas
Lido com pena e papel
E tu, ó Braga, computas.

Uma frase

Wittgenstein “Sobre aquilo que não se pode falar, devemos calar”

Fargo, Watch Dogs, Louie, Guia Politicamente incorreto da Filosofia; Mixto Quente no Viva

Fargo: a série baseada no filme homônimo em seu episódio um é violenta e sombria. Tom que é atenuado e descamba até para o humor negro, mas é um produto muito bem acabado e de alto nível.

Watch Dogs: a jogabilidade inovadora do hacker em busca de vingança deixa a desejar nas partes de dirigir veículos, com uma física pouco apurada e enjoativa depois de um tempo. Contudo tornar a cidade uma arma, além de interagir via espionagem na vida e destino de vários cidadãos de Chicago - embora já tenham observado que a cidade é feita muito de bandidos, estupradores, molestadores, etc - não tem preço, isso é a grande contribuição desta nova franquia.

Louie: Simples, a melhor série de comédia sempre que estiver sendo exibida. Só isso.

Guia politicamente incorreto da Filosofia: a persecução de Pondé a toda e qualquer atitude politicamente correta dá o tom no seu guia, onde sob a égide de filósofos antigos e modernos, mostra que a capacidade da humanidade para dourar a pilula muitas vezes se torna sua ruína, nos tornando infantes de meia idade. Os títulos por sí só de cada tópico já valem o livro como: "O mundo respira melhor quando tem mulher bonita por perto" ou então "As religiões correm o risco de virar uma mistura de Hopi Hari, fanatismo brega e dieta balanceada".

Mixto Quente: programa que foi um marco para a MPBpop brasileira nos anos 80, exibindo música ao vivo para um público sedento deste conteúdo, desmistificando a esterilidade por vezes de algumas bandas no estúdio, praticamente quase tudo que importava (e também o que não) estão nestes programas exibidos pelo canal viva. Obrigatório para quem viveu, quem não viveu e quem vir a viver na alma o auge do Rock e Pop tupiniquim oitentista. No Episódio um, link abaixo, tem Lulu Santos, Titãs, Kiko Zambianchi, Vinícius Cantuária, Guilherme Arantes, Capital Inicial. Amigo, sinceramente, precisa mais?????????

https://www.youtube.com/watch?v=ocadCM3VR7A

domingo, 25 de maio de 2014

Alguns aforismas de Nietzsche sobre amor e morte

15 - O casamento como uma longa conversa

Ao iniciar um casamento, o homem deve se colocar a seguinte pergunta: você acredita que gostará de conversar com esta mulher até na velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas a maior parte do tempo é dedicada à conversa.

24. Próximo demais

Se vivemos próximos demais a uma pessoa, é como se repetidamente tocássemos uma boa gravura com os dedos nus: um dia teremos nas mãos um sujo pedaço de papel, e nada além disso. Também a alma de uma pessoa, ao ser continuamente tocada, acaba se desgastando; ao menos assim ela nos parece afinal — nós nunca mais vemos seu desenho e sua beleza originais. — Sempre se perde no relacionamento íntimo demais com mulheres e amigos; às vezes se perde a pérola de sua própria vida


26. Amor e ódio

O amor e o ódio não são cegos, mas ofuscados pelo fogo que trazem consigo.


30. Amor e dualidade

O que é o amor, senão compreender que um outro viva, aja e sinta de maneira diversa e oposta da nossa, e alegrar-se com isso? Para superar os contrastes mediante a alegria, o amor não pode suprimi-los ou negá-los. — Até o amor a si mesmo tem por pressuposto a irredutível dualidade (ou pluralidade) numa única pessoa.

38. Vantagem da privação

Quem sempre vive no calor e plenitude do coração e, por assim dizer, na atmosfera de verão da alma, não pode imaginar o tremor de arrebatamento que assalta as naturezas mais invernais, quando excepcionalmente são tocadas pelos raios do amor e pelo ar morno de um ensolarado dia de fevereiro.

47. Amostra de reflexão antes do casamento

Supondo que ela me ame, como se tornaria incômoda para mim, com o passar do tempo! E supondo que não me ame, como aí então se tornaria incômoda para mim, com o passar do tempo! — Trata-se apenas de duas diferentes espécies de incômodo: — casemos, portanto!




terça-feira, 13 de maio de 2014

Xbox Gold vem aí para Xone!

Uma das grandes promessas da microsoft era que a Live Gold iria se aproximar ou bater de frente com a Psn Plus em relação aos jogos oferecidos e a quantidade deles. Além disso a Plus já está ativa para games do PS4 e embora os títulos não sejam animadores até o momento, mesmo assim era fato recompensador aos usuários da Sony.
Pois bem, esta falta da microsoft agora será sanada mês que vem quando a Gold irá presentar aos donos do Xbox One com 2 jogos por mês! E para começar Halo Spartan Assault e o ótimo Max and The curse of brotherhood! Estava demorando mas enfim o Tio Bill resolveu acordar quanto a esta demanda da galera xonista. Uma outra boa notícia é que para você possa utilizar o Skype, entre outros apps agora não é necessário mais ter a gold, outra acertada notícia para agradar a galerinha do X1.
Claro que sempre haverá poréns: agora o usuário terá de pagar a Gold par ater acesso ao jogo que baixou, como ocorre hoje com a Psn Plus. Isso porque antes o game era seu na Gold independente de sua assinatura ter vencido ou não. Mas com preços competitivos da Live Gold na internet, onde se encontra até por 70 reais, isso é uma verdadeira pechincha.
Outro fato liberado é que agora o Xbox One está sendo vendido sem o kinect com preço oficial de R$ 1999, 400 reais a menos. Preço EUA: U$ 399,00.
Como nos boas idéias da vida já se encontra por 1500 sem garantia da microsoft e nas lojas por até 1700 com o kinect, ainda acho uma boa idéia comprar com o dispositivo, afinal vc terá uma camera para Skype, e pode desfrutar de games tipo sports ou dança ou fitness, acionar o aparelho por comandos de voz que é bem prático para gravar gameplays por exemplo, etc.
Um contra da comunidade é que acham que como não será uma obrigatoriedade mais ao comprador, os jogos de kinect ficarão raros, o que é uma pena para um dispositivo tão interessante e com tanto potencial.
De resto, é aguardar junho que as coisas estão ficando muito boas com esta concorrência na nova geração, e que venham os jogos.

domingo, 11 de maio de 2014

24 horas - Temporada 9

Tem certas coisas que eu não sei dizer porque gosto depois de tanto tempo, incluindo a perda de qualidade e repetição.
Claro, estou falando da afamada sério do agente mais durão de todos os tempos das séries yankees. Sim, ele, Jack fucking Bauer, o agente da CTU mais casca grossa que o Chuck Norris e mais pé na porta que o Joaquim Barbosa. Depois de um longo hiato, a série que andava mal das pernas retorna para a alegria dos muitos fãs da correria, mortes, incontáveis diálogos ao celular, e como não poderia ficar fora, os "Desgraçados" ou Damn it! emitidos com mastreia Pavaróttica por Kiefer Sutherland e seu personagem mais famoso.
Desta feita tentando evitar que o presidente seja impedido de conseguir um acordo sobre drones assassinos na Inglaterra - é, Jack, matar a moda antiga está ficando coisa de filmes do século passado - provando do próprio veneno.
No começo confesso que achei tudo um tanto forçado, com inclusive o próprio Sutherland um tanto deslocado, ou desconfortável no papel, talvez culpa do roteiro em seu início, ainda meio que sem ter o ritmo certo do que é a fina linha entre a taquicardia e o enfarte. Porém o episódio melhora e no final do primeiro termina como deveria ser sempre uma hora de 24h. O segundo continua na correria desabalado e estamos em casa!
Sendo uma temporada mais curta, acho que 12 episódios, a ação em tese deve estar ainda mais frenética e concentrada, sendo que estes dois episódios já valeram muito mais a pena que o filme que foi lançado após o fim da série, que nem lembro mais o nome. Até aqui, recomendado, mas especialmente para fãs do personagem politicamente incorreto.
Um viva para a Fox que está exibindo praticamente ao mesmo tempo da exibição americana, hoje vi que estava sendo exibido o segundo episódio, o mais atual.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Xbox One e o misterioso bug do DVR no Battlefield 4 - Solução

Uma das features dos consoles de nova geração é a função de gravação de gameplay, recurso que só estava ao alcance do usuário comum se este resolvesse desembolsar uns 700 reais para comprar uma boa placa de captura de vídeo. Agora não é necessário e agora é uma função nativa dos aparelhos, podendo ser até 15 minutos no ps4 e 5 minutos no XOne.
Testei esta funcionalidade no PS4 e funcionou tanto para gravar quanto para transmitir tranquilamente, inclusive nesta última é possível com internets de baixa qualidade como é a minha que é um velox de upload lixoso de 540kb no console da Sony. Claro que a qualidade do vídeo é bem baixa, mas ao menos dá para sentir o gostinho.
No XOne com uma internet de upload abaixo de 800kb não é possível transmitir, uma pena, esperando que atualizações resolvam.
Mas estou tergiversando, vamos ao assunto do artigo: ao dar o comando Xbox Grave este jogo, embora houvesse a notificação de gameplay gravado, ao acessar o upload studio o vídeo não era executado ou não existia, dando um erro 0X80040212 sobre o mesmo não existir. Mé...
E dá-lhe pesquisa básica em fóruns de xbox e microsoft.
Possíveis soluções são:


  1. Ir em configurações do Blu Ray e limpar armazenamento persistente
  2. Ir em configs de rede, avançado, limpar endereço mac alternativo e reiniciar
  3. Este, o mais possível, que é nas configurações do BF4 ir em kinect e desabilitar as configuração de inclinação do game, que teoricamente estaria consumindo excessivos recursos do sistema (má programação provavelmente, um dos maiores problemas do Xone atualmente).
  4. Colocar o console no modo de economia de energia caso desligues da tomada toda vez que não vai jogar mais. Além disso desinstale o upload studio.
Após estes ajustes, mormente o segundo, o DVR voltou a gravar e posso agora voltar a mostrar os momentos edificantes e ownantes nas batalhas de sofá! :-)

sábado, 8 de março de 2014

Nokia Lumia 920 - revielhewou Reviewntage

Estréia neste humilde blog o Revielhew um review de um produto não tão novo, como o nokia lumia 920.
Podem me perguntar: por que não comprar o lumia 925, o irmão mais novo, com uma ligeira melhora de camera, mais leve e fino, porém sem features importantes como os 32 Gb do original (só 16 Gb) e não ter carregamento nativo sem fio (precisa de um case especial). Além claro de ser mais caro, pelo menos 400 reais. Dito isso vamos ao que interessa.
O Lumia 920 é um aparelho que no ano passado era o top de linha da nokia com windows phone 8. Com specs de respeito para rodar o SO da microsoft que é bem mais leve que seus concorrentes, o Dual Core de 1,54 ghz qualcomm e 1 Gb de ram. Além disso tem as belíssimas e insuperáveis lentes carl zeiss de 8,7mp que capturam fotos de forma incomparável no mercado, inclusive noturnas, ponto fraco de praticamente todos os aparelhos do mercado. Com estabilização ótica, dificilmente vc sentirá falta de sua camera normal quando estiver usando um, tanto para filmes quanto para fotos. Possui camera frontal de 1.3 mp que captura imagens em HD, ótima para video chamadas e selfies. A tela é de 4,5 pol, algo já um tanto modesto para aparelhos que já quase que tornam padrão algo próximo a 5 polegadas.
Há de se notar também a construção sólida em unibody do aparelho, que o torna um dos mais resistentes do mercado, além do vidro gorila glass que nas bordas é meio curvo para ajudar nesta construção quase que indestrutível, fazendo jus a fama da nokia e seus aparelhos resistentes.
Os aplicativos que realmente interessam estão todos na loja da microsoft, isso já não é desculpa hoje em dia para ter um, exceto modinha. Facebook, twitter, instagram, foursquare, vine, viber, etc, etc estão todos lá. A crítica que se pode fazer é sobre o visual dos aplicativos, que não tem a madureza bela dos seus pares android e IOS, fato. Mas quanto a funcionalidade são ok, não irás ficar mesmo na mão.
Uma coisa importante é que ele está sempre sendo atualizado pela microsoft, atualmente a versão Lumia Black que a última que trouxe coisas que ainda faltavam no aparelho, como um gerenciador de tarefas que agora permite fechar os aplicativos mostrados. Ainda falta uma central de notificação e ícones para desligar wifi, rede, gps, etc, coisas básicas que sabe-se lá porque não estavam ainda presentes, mas isso ocorrerá só na próxima atualização, que é a versão windows phone 8.1 que virá em breve.
Recursos bem interessantes que estão presentes no aparelho, dentre tantos, um especialmente acho muito interessante, que é o touch duas vezes para acordar o aparelho. Ele mostrará o relógio e aí a tela pode ser desbloqueada com dois toques, novamente. Economizador de botões é uma boa em smartphones, ainda mais se usares com muita frequência, o que pode mandar para o conserto botões de um iphone que é bastante comum.
GPS: simples, já usei todos os GPS de celular possíveis, e nenhum, nenhum, é tão bom quanto o da nokia. Funciona perfeito, encontra satélite ultra rápido, mapas são atualizados, pontos de interesse, controle de velocidade, radares, amigo, não há como não se impressionar.
A bateria dele é de 2000mah e aguenta um dia inteiro, em uso moderado. Com o modo econômico, supera facilmente, o que já é uma boa marca. Caso o uso seja hard pode ser que seja necessário carregar mais de uma vez em um dia de trabalho, ou muitos vídeos, uso de internet, etc.
Os aplicativos nokia para fotos são um show a parte, pois permitem remover pessoas, objetos, focar no movimento, refocar um objeto desejado, tirar sequencias de fotos e escolher a melhor, simular movimento com estas fotos, trocar rostos, há muitas funcionalidades que podem fazer a alegria dos fotógrafos amadores.
Um detalhe curioso, não muito comum aqui para nós do país tropical, é que a tela (gorilla glass) possui um modo ultra sensível que permite o uso com luvas (!) ou se você for um motoqueiro imprudente, de repente.
A performance em jogos é muito boa, e dos que testei até hoje, fora alguma redução de textura, rodam liso, sem engasgos perceptíveis.
Nem tudo são flores: o aparelho é um tanto grande, largo, e pesado, bem pesado em comparação com o peso comum dos smartphones de hoje: a média é de 130g e o lumia 920 pesa 185 g!

No fim das contas, posso dizer que dificilmente o comprador dele ou do 925 ficarão insatisfeitos, dada as qualidades mostradas acima para o aparelho. Nota 9,0.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Tablet Multilaser M8 - 8 polegadas - REVIEW

Desde que meu tablet Genesis gt 7200, bicho guerreiro, começou a ficar um pouco lento em algumas funções devido a natural evolução e peso dos aplicativos, estava de olho em um aparelho com specs um pouco melhores para darem conta do recado de performance e também com uma tela ligeiramente maior que favorecesse leitura de livros, gibis, etc.

Assim que venho aqui dar detalhes do tablet da Multilaser de 8 polegadas, um dual core Cortex A9 de 1,6ghz, 1 Gb Ram - o mínimo recomendado para não atrapalhar - 4 GB de espaço interno (não muito agradável isso, o ideal seria pelo menos 8 GB, resolução de 800 x 600 ( ele tem a proporção de tela 4:3 e não wide), câmeras de 2 mp traseira e 0,3 mp para videochamadas, que são apenas quase que decorativas pois são muito fracas.

Ele tem um bom tamanho de tela, e para ver vídeos achei muito bom, o youtube fica excelente - a placa wifi dele é excelente, captando a rede muito facilmente e com sinal forte. Porém, falando da tela, quanto a quantidade de linhas, ele deixa a desejar. Quem está acostumado a usar telas HD, como eu no celular Blu Life Play nota na hora esta baixa resolução. E quando estamos com o tablet em pé, parece que não foi otimizada corretamente para exibição, pois as letras ficam embaçadas, e as imagens idem. Sabe quando colocávmos uma resolução no monitor que não eram as padrões (640 x 480, 800 x 600 que no caso é a que o tablet usa, entre outras) e a imagem ficava estourada, sem foco? Isso que parece que ocorre com o multilaser. A detecção de toque é boa, embora nas bordas inferiores os controles de voltar, home, etc que estão na tela e não físicos, são acionadas sem querer diversas vezes até se acostumarmos. Ela é multitoque de 5 pontos, aliás. Em Dead Trigger 2, famoso jogo de zumbis, ele consegue rodar bem, inclusive no high, porém a sensibilidade dele ficou um pouco alta quando vamos mirar em qualquer coisa. Mesmo diminuindo no game não fica ideal. Não testei em outros jogos, mas de momento notei esta falha.

A ergonomia dele é até que interessante, como a borda lateral esquerda que é ligeiramente maior para ter uma melhor pegada do aparelho. Mas não é muito leve, pesando 518g.

O sistema operacional é o Jelly Bean 4.1.1 que opera muito bem no M8, e a compatibilidade de programas é muito boa, embora notei que no instagram ele não rode vídeos: ouvimos o som mas a tela fica preta!
Não notei outros problemas neste sentido, mas claro que irei atualizar posteriormente se encontrar mais detalhes em contrário. E para os que gostam de um sistema operacional mais fuçável, ele já vem rooteado.

Bateria: a duração desta de 3500 mah é apenas razoável, umas 3 a 4 horas, isso com o wifi ligado direto e usando para navegar, ver vídeos, jogar, etc, uso bem mais que imoderado, digamos assim. Um detalhe pertinente: a bateria parece descalibrada. Explico: ao colocar na carga, o aparelho em torno de 1h e 45min informa que a bateria está 100% carregada, mas basta tirar da fonte para em poucos minutos cair para 61%, ou seja, o tempo padrão para carga é de 3 a 4 horas para se ter completamente carregada.
O som do aparelho é bom, mas porém contudo todavia é muito baixo. Excessivamente baixo, chegando a ser incômodo e precisar ter ouvidos de super-homem para poder entender o que está sendo dito num vídeo, dependendo do canal do youtube. Uma pena, mas esta é uma bola fora. Parece até que prevendo isso a fabricante nos presenteia com um fone de ouvido bem simples, mas que pelo jeito será companheiro de muitas horas. Há um app que aumenta via software o som de tablet e celulares e se funcionar atualizo com o nome inclusive do mesmo.

A conectividade dele é padrão, com saída mini Hdmi, usb, mini USB, entrada para cartão micro SD, além de saída de fone de ouvido além dos botões início e ligar/desligar. Eles ficam na lateral com borda maior, uma boa sacada de design já que esta é maior para ajudar ao segurar o tablet.

Ele aceita modem externo 3G, que pode ajudar na conectividade em locais onde não há wifi.
Na caixa acompanha carregador, um cabo USB, fone de ouvido e uma película para proteger a tela.
Os aplicativos instalados são uteis, não há bloatware, o que é importantíssimo dado o fato que o tablet apresenta somente 4GB de espaço interno, embora possa ser aumentado com cartão SD, porém não para aplicativos, e sabemos que jogos principalmente são mestres em roubar espaços generosos nos android.

Em resumo, pelo custo-benefício (custou R$ 285,00 na americanas, embora esta semana esteja sendo vendido a R$ 359,00 reais) vale a pena, já que com este tamanho de tela e specs não tem como não ficar balançado pelo modelo. Claro que há poréns, conforme foi explanado no review, mas os prós são mais contudentes que os contras, e que por isso um honroso 7,5 de nota é justo para o Multilaser M8. 

Atualização 08/03/2014: quer que diminuiam as travadas irritantes que ocorrem? Deixem a atualização de aplicativos no modo manual, pois senão os apps são atualizados e instalados no momento que estás usando um fb da vida e tudo para, brother, e dá-lhe aguardar sem resposta do aparelho a atualização do tradutor ou algo mais desimportante.



sábado, 11 de janeiro de 2014

Voltando a ativa e duas palavras sobre The Revenants e Broadchurch (E Sherlock voltou!)

Depois de um longo e tenebroso hiato, por motivos de preguiça, retornando para falar de duas novas séries que chegaram surpreendendo e apresentando qualidades superiores de realização e imaginação. Recomendadas.

Les Revenant (The Returned em inglês)




A primeira é uma série francesa - Les Revenants - onde  as pessoas de uma cidade, mortas há varios anos começam a retornara a vida de forma inexplicável. E não sabem que estavam mortas, para elas é só mais um dia como outro qualquer, não há memória dos últimos momentos. A perda é muito bem trabalhada na psicologia dos personagens, que se sentem abençoados por aquele presente que só viam em histórias bíblicas. O que eles farão com estas pessoas e como conviverão com elas é uma boa parte da série. As pessoas retornadas porém sempre tem algo alterado nas personalidades, o que gera um estranhamento aumentado pela trilha sonora do Mogway, muito apropriada. Os personangens, inclusive o misterioso garotinho que causa arrepios só de olhar.
Outras respostas vão ser buscadas por quem se aventurar nesta bela histórias de zumbis diferenciada, e atualmente é exibida legendada em português no Max da HBO. A segunda temporada está garantida após o final instigante da primeira, um sucesso de público e crítica baseado num filme de temática parecida. além, é claro, de uma versão americana que pode estragar tudo, ou não. (****)

Broadchurch




A segunda é uma história policial de um balneário, repleto de belas paisagens, onde, para causar um contraponto, ocorre um assassinato de um menino. Pacata, interiorana, a cidade não está acostumadas a mortes violentas como parte de sua rotina, como nas grandes cidades.
Um garoto vai a um penhasco e parece ter se jogado, fato logo desmentido pelas investigações. É neste cenário de pessoas horrorizadas pelo acontecimento que o detetive de cidade grande Alec Hardy vem se deparar, com sua parceira "virgem em assassinatos" Ellie Miller. Recusando-se a ser pupila do experiente detetive, que parece ter falhado num caso anterior, Ell sente na pele o sofrimento da família do menino Danny, que é mostrado em todo o drama e sofrimento, com atuações excelentes do elenco. O destaque fica, neste belo roteiro, para este viés de não se focar somente na fria personalidade perspicaz do detetive e sua busca pelo criminoso mas na dor da perda de uma família que pode ter segredos a revelar e expiações e remorsos a perceber, que vão fazer você engolir seco tal a carga emocional de muitas cenas. A série mostra que o mundo da informação agora é muito mais acelerado, com revelações feitas via twitter em alguns momentos, o que acaba em inconvenientes e inconfidências. Dramática, impactante e bela, esta série já garantiu uma segunda temporada e um remake americano para este ano. (****1/2)