segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Bad Day for The Cut (****)

Uma história de vingança, uma trama nebulosa, violenta, surpreendente.
Isso que esse filme não convencional proporciona, com bons e diferenciados movimentos de câmera e estilísticos. Tudo começa quando um homem de meia idade que vive com sua mãe tem sua rotina interrompida pelo assassinato de sua progenitora. Ele então parte a procura de quem embora não queira por vezes saber o por quê. Personagens vívidos, aquele clima de europa da ralé abunda, a fotografia é fria, como por vezes o é no personagem principal. Não se trata de um filme tradicional de ação com certeza, devido ao seu ritmo claudicante, deliberadamente compassado, como os passos do fazendeiro. Um homem entre outros que, por variados motivos, resolve, por vezes, matar. (****)

domingo, 28 de janeiro de 2018

Black Lightning (***1/2)

Um herói que estava desaparecido após acontecimentos funestos no seu passado retorna após nove anos numa cidade que está perdendo o controle e a luta para as gangues. Não, não é Batman The Dark Knight, é apenas uma nova série exclusiva netflix. Tem a filha correta, a outra filha mala mimada que se mete em confusões por teimosia. O elenco é quase todo composto de negros, e por isso a trilha sonora é de rap, muita criatividade, não? Não. Os efeitos são razoáveis, a história não me empolgou muito. Só há um episódio disponível, talvez nos próximos a história ande melhor, e possa elevar a minha apreciação sobre o seriado. Por enquanto é apenas agradável mas há muita coisa melhor rolando pelos lados da gigante do streaming, e até fora dela, claro. (***1/2)

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Kingsman The Golden Circle (7,0)

A continuação do explosivo Kingsman é um filme que apresenta um problema recorrente em muitos filmes pipoca holywoodianos desses tempos: a falta de saber quando parar.
Começando com uma cena de ação sensacional, se perde em tramas mirabolantes e muito papo furado para depois lançar outra cena de ação excelente, depois papo furado, ação, e nesse coito interrompido vai até o final explosivo. Como Tarantino que quando perdeu seu montador oficial passou a fazer filmes prolixos mas ainda assim competentes, aqui, claro, não há nenhum Tarantino.
Vale a pena? Sim. Ângulos de câmera e coreografias de lutas absurdas de tão criativas causam uma festa visual, obliterando os excessos de blá blá blá. (7,0)

Bléqui Mirrôr - Quarta temporada (atualizado)

Quarta temporada de Black Mirror, esperada, hypada, e então até aqui, vistos quatro episódios o que tempos.
Bem, temos um primeiro episódio USS CALISTER nota 7,5 mas já convivendo com algumas hypadas, superestimado. Episódio 2 ARKANGEL nota 4 porque previsível até a medula, além de personagens totalmente desinteressantes.
Episódio 3 CROCODILE já melhora um pouco, mas tem algumas incongruências que rebaixam a nota para 6,5.
E então, ah, aí sim, temos o San Junipero dessa temporada, o ótimo Hang The DJ. Na hora matei que tinha a ver com o clássico do saudoso The Smiths. Não sabia onde se encaixaria naquela história de amor tão a ver com o que temos nos nossos tempos de aplicativos de namoro, ou com diz o Rogerinho do Ingá: "aplicativo de transa". Claro que aqui o exagero com a tecnologia em distopias teria seu lugar cativo. Nota 9,0 com louvor!
Metalhead: Disputando com o episódio acima o título de melhor da temporada. Stalkers de tecnologia parecem ter encontrado o que procuram num galpão. Porém claro, algo dá errado e eles terão de lidar com um dos inimigos robóticos mais ameaçadores e letais desde o andróide de metal líquido de Exterminador do Futuro 2. Assemelhado a um cão, porém com tecnologia e armamento de um assassino implacável, será um jogo de gato e rato vibrante e cheio de suspense. Em preto e branco, torna ainda mais belo este já clássico ser para a mitologia da série. Nota 9,0.
Resta agora os dois últimos o último episódio para meu veredito final. Mas foi bem abaixo do que esperávamos, com dois episódios abaixo do padrão. Aos dois últimos Ao último caberão caberá a responsabilidade de ter notas altas para aumentar essa média aí hein...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Outra frase

A paz no espírito de saber ter feito o possível para depois não viver como um fantasma na terra do "e se..."

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Three Billboards Outside Ebbing (*****)

Há alguns anos assisti a Onde os Fracos não tem vez, um faroeste moderno com Barden e Tommy Lee Jones duelando. Depois foi no ano passado A Qualquer custo, outro filmaço impactante, mesmo clima de interior americano, árido e empoeirado como as almas. E esse ano, se você se sentiu grato por ter assistido algum desses que mencionei, você DEVE assistir Three Billboards Outside Ebbing, Missouri.
Uma mãe que teve a filha estuprada (Frances Mcdormand, fantástica), assassinada e queimada barbaramente, após 7 meses sem uma resposta concreta do culpado pela polícia resolve pagar para colocar 3 cartazes perguntando ao xerife Wiloughby (Harrelson, de novo num grande personagem e atuação) que mais ele pode fazer para resolver o crime.
Entrementes, um policial racista, explosivo e indolente vivido de forma complexa e multifacetada por Sam Rockwell, que depois irá nos surpreender ainda mais, só tenta jogar mais lenha na fogueira, sem trocadilho.
A pobre Mildred passa a ser hostilizada de várias formas, assim como seu filho. A atuação monstruosa de Mcdormand, ao mesmo tempo irônica, amargurada e vingativa vai deixando um rastro de incompreensão, raiva, entre os moradores, enquanto o xerife tenta lidar com vários problemas, inclusive seus próprios policiais.
O filme se passa entre uma névoa que não nos permite ter certeza se estamos vendo uma comédia de humor negro, um violento faroeste ou um drama pungente, como na cena da delegacia de Dixon (Rockwell) de arrepiar. Diálogos inspirados, tiradas cortantes, um roteiro que nos deixa presos na cadeira.
O filme tem tão bons atores que se dá ao luxo de dar um papel quase ponta ao gigante Peter Dinklage, o Tyrion de Game of thrones, como sempre eficientíssimo.
Entre cenas fortes, chocantes, de nos fazer engolir seco ou marejar os olhos, este grande filme que no Brasil receberá o título de Três Anúncios para um Crime merece ser visto com reverência.
Uma obra madura, inteligente, dramática, engraçada, emocionante, num filme só. Cinema gigante, mesmo na tela pequena se porventura encontrares no torresmo. Vencedor do Globo de Ouro de Atriz (McDormand), ator coadjuvante (Rockwell), Melhor Roteiro e Melhor Drama.
(*****)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Constatação

Cada gemidão do zap que você manda e é bem sucedido, Groucho Marx dá uma cambalhota no céu dos FDP! 😂

sábado, 6 de janeiro de 2018

Keep on Running - The Spencer Davis Group - Letra Traduzida

"Keep On Runnin'"


Keep on runnin'
Keep on hidin'
One fine day I'm gonna be the one
To make you understand
Oh yeah
I'm gonna be your man

Hey hey hey
Everyone is talkin' about me
Makes me feel so bad
Hey hey hey
Everyone is laughing at me
Makes me feel so sad
Keep on runnin'
Hey hey
All right!

Keep on runnin'
Runnin' from my arms
One fine day I'm gonna be the one
To make you understand
Oh yeah
I'm gonna be your man

Hey hey hey
Everyone is talkin' about me
Makes me feel so bad
Hey hey hey
Everyone is laughing at me
Makes me feel so sad
Keep on runnin'
Hey hey
All right!


Tradução: Continue fugindo

continue fugindo
continue se escondendo
e num belo dia eu serei o escolhido
te fazer entender
oh sim
eu serei o seu homem

hey hey hey
todo estão falando de mim
me deixa tão pra baixo
hey hey hey
todos estão rindo de mim
me deixa tão pra baixo
continue fugindo
hey hey
tudo bem!

continue fugindo
continue se escondendo
e num belo dia eu serei o escolhido
te fazer entender
oh sim
eu serei o seu homem

hey hey hey
todo estão falando de mim
me deixa tão pra baixo
hey hey hey
todos estão rindo de mim
me deixa tão pra baixo
continue fugindo
hey hey
tudo bem!

The End of The Fucking Wolrd - Netflix (*****)

Quando estamos se divertindo, as horas são fugidias e passam rápido como um dia na praia. Por mais paradoxal que essa comparação possa ser com uma série britânica, isso que senti ao assistir 6 episódios em sequência de The End of The Fucking World. Um garoto com tendências a ser psicopata e uma garota que não se encaixa no status quo se unem e empreendem uma viagem para encontrar o pai dela. Resumindo assim não parece tão interessante talvez mas o roteiro inteligente e instigante, a trilha sonora sensacional com clássicos de várias épocas, as personalidades não convencionais dos garotos (um deles é o que foi chantageado em Black Mirror "Manda quem pode", excelente) em suas peripécias das mais diversas, discute temas como inadequação no mundo, descobertas, relações conjugais, dentre outros, com episódios típicos de sitcoms, porém com um humor negro, esperto, por vezes tocante. Com apenas 8 episódios, ou seja, só faltam dois, já me faz esperar a segunda temporada, se é que haverá, já que não vi o desfecho. A grande surpresa das últimas semanas: Black Mirror? Acho que não. Se for perder, ou melhor, ganhar as próximas horas, invista na aventura desse casal, uma história violenta de amor, um Bonny and Clyde moderno e vibrante. (*****)

Como bônus, uma canção que descobri pela série.

https://www.youtube.com/watch?v=ceu7tRyVFrY

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

frase sobre quase sem querer...

Se mentir pra sí mesmo é sempre a pior mentira, então quer dizer que a pior mentira é uma verdade, então já não sei mais nada...

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

frase

Dê conselhos somente se pode ser capaz de praticá-los. O mundo não precisa de mais um hipócrita.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ricardo Reis - Não só quem nos odeia ou nos inveja

Ricardo Reis

Não só quem nos odeia ou nos inveja

Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
                Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
                Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
                Homem, é igual aos deuses.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Black Mirror - Uss Callister (4ª temporada) - ***1/2

Ela voltou. Com muito mimimi de estar menos complexa e mais americanizada para atender ao gosto simplista do tio sam, porém o que se pode avaliar é: esse primeiro episódio é bom e agradável de se ver, com uma história menos intrincada como por vezes a série costumava ser, realmente. Mas não quer dizer que o terror proporcionado pela tecnologia está aqui.
Começando como uma paródia declarada de Jornada nas Estrelas, depois descobrimos que se trata de os delírios e frustrações tornadas júbilo pelo programador de um game que conta com inteligências artificiais semelhantes a san junipero, só que obtidas de outra forma. Claro, as coisas dão errado, ou certo, sobre certo ponto de vista e a mágica se faz. Não está entre os melhores, há episódios excelentes como "não faça o que eu faço", o episódio de natal, o primeiro da primeira temporada, porém não é um lixo como foi o segundo da primeira e Mr Waldo, horroroso. (***1/2)