quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Review Xiaomi MI5S (****1/2)

Eis que chegou enfim depois de dolorosa espera um dos lançamentos da Xiaomi deste fim de ano. O estiloso e potente Xiaomi MI5s, a versão atualizada do sucesso MI5 lançado no primeiro trimestre pela gigante chinesa.
E o novo, para alguns, perdeu um tanto do seu brilho devido a retirada de dois itens que para mim não fizeram tanta diferença assim.
Vamos a elas de uma vez, a frio mesmo, para  já deixar a par quem estiver interessado ou não em adquirir um:
Estabilização ótica: sim, ele não trouxe mais a estabilização de 4 eixos tão cantada e decantada no modelo anterior. Mas quem acompanhou reviews como eu sabe que essa estabilização ficou muito, mas muito longe do S7, do S6 e muito aquém do se esperava, sendo quase uma feature inexpressiva.
Ela funciona, sim, mas o ganho é bem pequeno para que se lamente tanto assim. E vamos a segunda supressão.
Função Controle Remoto: também foi limada, e embora seja até legal pela curiosidade, não pode ser ponto de decisão de compra ou não de um smartphone, tanto que outros tops de linha não tem, então sem mimimi.
Após este breve interlúdio, vamos ao que interessa, o que traz o novo monstrinho da Xiaomi.
Ele vem com Snapdragon 821 funcionando a 2,15 GHz, veloz a beça. Junte-se a isso 3 Gb Ram, mais 64 GB de espaço interno, NFC, conexão Type C, leitor biométrico, uma tela linda, etc e teremos todos os ingredientes para um top de linha com metade do preço de um.
Vamos esmiuçar as partes. O processador dele faz 122k no antutu, parrudo para poder rodar qualquer jogo no máximo e viajar pelos aplicativos sem engasgos na maior tranquilidade, quad-core demonstrando que não é o número de cores que farão a diferença.
Além disso generosos 3Gb de RAM DDR4 e 64 Gb de espaço interno com tecnologia UFS 2.0 ajudam na celeridade dos processos, tornando a multitarefa natural e fluída.
A bateria de 3200 mAh não é excepcional, embora com uso normal dure um dia, porém achei que poderia ser uma de 4000mah como do Redmi Note 3 Pro, não creio que haveria problemas de design pois o último é bem fino. A vantagem é que carrega bem rápido, e em uma hora consegue praticamente dar conta de 70% da carga, suportando Quick Charge 3.0.
O novo leitor ultrasônico dizem ser uma quinta maravilha. Agora não está incrustado no botão home, sendo ele o próprio, e embora esteja não reconhecendo de primeira, devido a película improvisada de vidro que coloquei nele, funciona na média dos aparelhos com essa funcionalidade.
Uma das inutilidades aqui ao menos no Brasil é o cel vir com NFC, já que ninguém usa isso para pagamentos. Mais comum eu usar para parear com meu aparelho de som quando quero ouvir música por ele.
Embarcado nele está o futuro das conexões usb, a Type-C, que não tem lado de cima nem de baixo, qualquero modo que coloque está de boa, uma idéia que já deveria ser padrão há muito. Ela consegue também carregar mais rápido e transferir arquivos mais celeremente.
Então chegamos nos dois maiores destaques desse smart:
Câmera: com um sensor Sony IMX 378 com abertura de 2.3" de 12 MP, podes ter certezas que as fotos serão brilhantes, bonitas, bem definidas e não irás passar vergonha ou raiva quando tiver com cenas com pouca luz ou noturnas. Ele faz fotos boas em pouca iluminação, graças a abertura e qualidade do sensor, algo que normalmente é uma falha nos aparelhos da Xiaomi, como o já citado RN3P. Tem um par de leds Dual Tone que são muito bons auxiliares. Além disso ela vem com estabilização digital que cumpre bem com sua função, ajudando nos vídeos de forma muito mais perceptível que no MI5. O porém é que a estabilização eletrônica só funciona quando filmamos em 1080p. Infelizmente para o 4K o modelo anterior consegue melhor resultado. A câmera frontal é de 4MP ultra píxel, que nos proporciona fotos com boa clareza e nitidez.
E a tela, que tela belíssima. Com 600nits, não se sentirá atrapalhado ao usar o aparelho no sol brilhante de meio-dia, havendo cores bem fortes, definidas, detalhadas, sendo um espanto e uma delícia utilizar essa tela IPS com um quê de amoled.
Conforme solicitei, ela veio com a rom Miui 8 global, mas que apresentou uma pegadinha de mau gosto: o aplicativo SCWeather não pode ser desinstalado, e em um dia consumiu 59 Mb do meu plano de dados. Como diabos um aplicativo de clima pode gastar isso tudo? Desconfio de algum fim intrusivo da ROM, e a forma que encontrei para não passar mais dissabores foi desabilitando o app, e a coisa voltou ao normal.
Lembrando que ele é dual chip e não suporta cartão de memória, mas convenhamos, com 64 GB o cara tem de ser muito colecionador de lixo para ocupar a memória interna toda.
Todo em metal, exceto nos detalhes das antenas, ele tem vidro 2,5D, sem nenhuma proteção mais famosa como gorilla glass, o que é estranho em se tratando de um aparelho tão afamado. Vacilo.
Vale a pena? Sim, claro que vale. As supressões não diminuem a qualidade que sobra no aparelho em construção, beleza de design, peso, ergonomia e features. Não encontrarás na faixa de preço dele smartphone com todas suas specs aqui no Brasil, pelo menos o dobro do preço talvez seja o mais provável. A Xiaomi acertou de novo, o resto é mimimi que ela lança aparelhos a todo o momento. Ora, desde que sejam bons, que mal há? Compra quem quer e estando satisfeito é o que vale!




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