domingo, 20 de dezembro de 2015

Star Wars VII - Despertar da Força (****)

Enfim a espera acabou. E na pré-estreia para poder ficar livre dos malditos spoilers que estão invadindo a internet. Recomendado se isolar da internet até assistir ao filme, porque é algo que pode atrapalhar sua experiência no desfrute da obra, é algo impactante.
Falando nele, embora seja uma nova saga se iniciando, guarda muitas similaridades de situações com o primeiro que é o quarto da trilogia clássica, de 1977, uma nova esperança. Certamente isso serviu para forçar as ligações sinápticas dos velhos fãs, uma tática para começar já ganhando o jogo no coração da galera e claro, funcionou perfeitamente. Na seção que fui, dublado e 3D, a mistura de velhos, novos e novíssimos fãs dava gosto de ver, e a cada personagem da trilogia clássica que aparecia uma ovação de palmas e gritos era de arrepiar. Sim, este é um filme para curtir junto a galera, sentindo a vibração e a emoção que o filme soube despertar além da força, claro.
O começo do filme, com a clássica cena no espaço achei de pouco impacto. Não haverá spoilers, mas ficou devendo nesta parte, embora haja, não é mesmo boa o suficiente para festejar a retina. Teremos a mocinha, o mocinho, e integrantes da versão clássica que todo mundo já viu no cartaz.
Uma outra coisa que pode desagradar um pouquinho é a trilha sonora. Sabemos que John Williams voltou com sua suntuosa orquestração, porém as novas músicas não são tão inspiradas, parecendo quase que um genérico dele mesmo. Ela segura as pontas e só.
O roteiro tem momentos porém que apresenta soluções ou recicladas ou mágicas demais, mas não estamos diante de um drama sério e filigranado, então podemos relevar.
A mocinha (Rey) e o mocinho (Finn) são muito bons, principalmente a inglesa que está no seu primeiro filme e faz bonito, e bonita, porque é uma beleza. Fisicamente inclusive quando é exigida desempenha muito bem, algo que muitos põem na conta de um viés feminista. Ok, que seja, mas ela o faz muito bem em todos os sentidos, quando é necessário agir, ou quando a emoção tem de aparecer, ela o faz com igual competência. Finn é parte do alívio cômico, assim como o adorável e já objeto de desejo nerd BB8, o robozinho que faz as vezes de R2D2. Simplesmente sensacional essa mistura de R2D2 + Wall-E + Dog, rendendo boas risadas ou olhares enternecidos da audiência.
O vilão é Kylo Ren, o cavaleiro negro da força, que vai muito bem até tirar a máscara, algo que funciona por um lado do conflito, por outro enfraquece o personagem com uma certa inexpressividade do ator. Senti impressão parecida com Bane em Cavaleiro das Trevas, onde o personagem começa impressionantemente amedrontador e vai virando um pet lá pelo final da projeção.
O filme, resumindo, é uma obra respeitosa e divertida, seja você fã ou não, da mitologia criada por George Lucas e que se tornou muito maior do que ele e o que ele imaginou. Divertido, emocionante, frenético na hora que deve, este filme cumpriu seu objetivo de reacender a chama de uma galáxia muito, muito distante. A força está com J.J.Abrams. (****)

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