quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Metendo o pé na lama - Cid

Li este livro que conta a história do cara que criou a marca do Rock in Rio de 1985. Vindo de Barra do Piraí, e indo parar no Rio de Janeiro com a cara e coragem, passou de assistente de ilustrador a faz tudo até realizar sua grande criação. O livro conta toda esta história, os perrengues morando junto com pessoas que não lhe estimavam, a gata que morava junto e se tornou amiga após quase haver cometido "gaticídio", amores que vem e vão, aprendizado e mais aprendizado na Artplan, responsável pela realização do inesquescível festival, a criação de souvenirs, a passagem do cometa halley e a previsão de Nostradamus que quase aniquilou o festival, a solução para esta quase aniquilação, a venda dos óculos ROCK e o general, entre muitas outras, mas... queremos, claro, saber do Rock in Rio. E é aí que o livro mais deixa a desejar. As histórias sobre o festival em sí são poucas e pouco inspiradas, ou então sem impacto, ou já de conhecimento público. Além de serem bem rasas. Esperava mais detalhes e acontecimentos marcantes, e embora haja uma ou outra joia aqui ou ali, no fim elas são contadas em pouquíssimas páginas e a decepção é evidente. Ficamos sabemos mais de detalhes incidentais de "As aventuras de Cid no festival dos maconheiros" e coisas no gênero. A linguagem e também muitas das histórias não são divertidas, antes esdrúxulas ou sem sentido. Uma pena.
Prometia ser um bom livro, mas no fim ficamos sabendo mais que foi um prejuízo para o Medina, e menos sobre o evento ímpar na história da música brasileira. Vale claro também pela história de persistência, confiança do autor. (**)

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